domingo, 30 de janeiro de 2011
O que dizem do amor
domingo, 23 de janeiro de 2011
Equilíbrio distante
Deus criou o mundo num perfeito equilíbrio, tudo no seu devido lugar e na dose certa. Ele nos deu uma vida também para que pudéssemos desfrutá-la de forma harmoniosa com todas as coisas, natureza, pessoas e com Ele mesmo. Infelizmente o equililíbrio do qual éramos pra fazer parte dele no mundo já foi-se no Éden e está muito distante de voltar a acontecer. Com a nossa religião evangélica também não é diferente, ela está cheia de extremos, são muitos pensamentos e atitudes extremistas, longes do equilíbrio.
Qual o equilíbrio entre o lícito e o ilícito? Quantas regras inúteis vemos por aí roubando a liberdade que Jesus nos deu? Quantos pecados são cometidos sob a aprovação, vista grossa e às vezes até incentivo de uma igreja ou uma ala mais "liberal" dela?
Qual o equilíbrio entre discernir o que é sagrado e o que é profano? Quantas vezes estamos profanando o sagrado e santificando o profano? Quantas vezes buscamos Deus no mundo e o mundo em Deus? Quantos bichos de sete-cabeças colocamos no mundo, numa "demonização" sem pé nem cabeça? Quanta "santidade" colocamos na instituição igreja?
Qual o equilíbrio entre a fé e as obras? Fé demais e obra de menos não resolve, e vice-versa. E nestes extremos ninguém enxerga o que lhes falta. Quem nunca viu um que não faz nada condenar quem o faz porque seus motivos são teologicamente errados?
Qual o equilíbrio entre as promessas de Deus e os nossos deveres como cristãos? Eu percebo uma grande apropriação indevida de promessas que Deus fez individualmente e circunstancialmente no passado. Falam massivamente nelas, alimentam esperanças que estão condenadas à morte. Porém não se toca apropriadamente no assunto "caminhar em santidade", esquecem de que santidade e aparência religiosa são coisas bem distintas. Isto quando não se "comportam bem" motivados apenas pra ganhar o tão sonhado presentinho de "Jesus Noel". Existe também quem se esquece que Deus fez sim várias promessas e não dão valor e nem se deleitam nelas, isto é outro extremo.
Qual o equilíbrio entre a livre escolha e o determinismo? De um lado um que crê que o homem só faz o que ele quiser, Deus não pode fazer nada, não pode interferir; do outro lado um que crê que tudo que o homem faz foi porque Deus determinou, sendo assim conclui-se que todos os pecados também foram ordem de Deus. Como se equilibrar nestes extremos? Até onde vai a nossa responsabilidade e a de Deus? Como digerir tudo isto?
Qual o equilíbrio entre a letra e o espírito? Entre a teologia e a unção? De um lado vemos teólogos e pessoas de grande conhecimento bíblico que são apenas teóricas e vivem um cristianismo morto, frio, racional; do outro lado vemos gente com muito fervor, mas pobres de conhecimento bíblico, distorcendo princípios da Palavra, tentando viver uma vida tão "espiritual" que se desliga de seu contexto humano, físico, social. Como pode o evangelho ser tão incompreendido assim?
Qual o equilíbrio entre a fé e o sentimentalismo? De um lado cristãos que acham que todo emocionalismo é banal, carnal, etc; de outro lado cristãos que acham que ações comedidas são frieza espiritual. Qual o meio termo entre o extravagante e o discreto?
O evangelho é equilibrado. O desequilíbrio que vejo na religião é fruto do desequilíbrio do ser humano. Somos indivíduos diferentes, mas esta diferença não deveria ser tão antagônica e tão distante. Culpar a religião em si não seria tão justo, pois nós somos os culpados disto tudo, nós, os homens, que com NOSSA falta de equilíbrio criamos e somos influenciados por este tipo de coisa. A falta de equilíbrio nos faz sermos meros religiosos, egoístas, incapazes de refletir sobre o que dizemos crer. Na verdade somos vítimas de nossos próprios defeitos, de nossa própria cegueira, e a nossa religião evangélica é na verdade um grande reflexo de nosso desequilíbrio como indivíduos.
Deus não quer que sejamos religiosos, Ele só quer que vivamos sob seus princípios e valores, dos quais o amor é o mais importante. Somos o corpo de Cristo, não a religião de Cristo. Bom seria se a nossa religião não existisse, mas temos que conviver com ela, no mundo é impossível não rotular os segmentos e não padronizar as massas. Somos imperfeitos, consequentemente a nossa "religião" também é. Assim como precisamos nos aperfeiçoar a cada dia ela também precisa passar pelas mesmas reformas que nós. O dia que a religião for perfeita ela vai acabar, pois vai chegar à conclusão de que não deveria existir. Até lá temos que tentar mudá-la sem nos deixar subjugar pelos erros dela e sem vivermos numa religiosidade sem valor. Infelizmente falta equilíbrio até nos críticos que lutam contra os erros doutrinários, muitos se tornam agressivos e sem respeito ao próximo, esquecem de que devem ensinar com amor.
Nossa principal luta é contra nossa falta de equilíbrio pessoal pra pensar e agir, pois muitos erros nascem nesta falta (se não forem todos). Como se equilibrar entre a razão e a emoção? Como se equilibrar entre o amor e a paixão? Como se equilibrar entre o nosso bem e o bem coletivo? Como se equilibrar entre a nossa fé e a fé do outro? Como?
Pra finalizar eu pergunto: Quais os equilíbrios estão distantes em cada área de nossa vida? Só o Senhor sabe, e espero que Ele nos conceda a graça de ajustar o que precisa ser ajustado. Todos nós temos áreas ainda carentes de serem equilibradas com o propósito que Deus quer pra gente e precisamos pedir sempre que Ele mude profundamente nossos corações.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
De vez em sempre
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Entrega, nossa eterna necessidade
Quantas vezes nos esquecemos que fomos criados pra glória de Deus? Quantas vezes buscamos apenas levar uma vida certinha, mais ou menos, sem sacrifícios ou compromissos maiores? O tempo todo! A gente quer dar uma de Zeca Pagodinho e "deixa a vida me levar, vida leva eu". A gente simplesmente olha pra cruz, agradece a Jesus pelo sacrifício e segue adiante sem perceber que a Sua entrega foi um exemplo pra ser seguido. Nosso coração não presta, ainda que seja bonzinho, sua essência está longe da essência de Cristo. Nosso coração é tão sutil e traiçoeiro quanto um golpista inescrupuloso, nos engana fácil demais. Quantas vezes acreditamos nele e fomos enganados? E rapidamente nos esquecemos do golpe e nos levantamos como que ávidos para levar outra rasteira.
Meu foco precisa mudar, precisa se ajustar, e acho que vou conviver com isto a vida toda. O que mais desejo? O que mais quero? Onde está meu coração? A quem quero satisfazer? Meus sonhos ou os de Deus pra minha vida? Às vezes peço a Deus pra mudar meu querer, pra me conquistar, pra me encantar, me seduzir com seu amor, acho que só assim me desapego mais de mim. Eu olho pra mim e vejo minhas limitações, minhas fraquezas e peço forças pra crescer, pra amadurecer na fé, adquirir um coração sábio e uma mente inteligente e criativa. Eu olho os meus sonhos e os de Deus pra mim e vejo-os tão distantes, peço idéias pra alcançá-los, peço o favor do Senhor pra fazer o que não consigo fazer, peço pra mudar minha atitude e até minha essência se for preciso, peço e peço, muitas vezes sinceramente, outras vezes meio que no piloto automático...
Pedir pra Deus usar nossa vida poderosamente, pensar em chegar longe, fazer coisas que a gente nunca imaginou ter capacidade de fazer pode ser até fácil. Difícil é desejar isto profundamente, é entregar. É frustrante ver o que Deus fez e faz por mim e ver o que faço por Ele. Eu não estou falando simplesmente de pregar o evangelho, mas sobretudo de viver o evangelho, deixar Cristo viver em mim. Eu não quero ser visto como religioso, nem fazer questão de mostrar que sou de "igreja crente", que não bebo, não fumo, não faço sexo por aí ou curto a vida como todo mundo faz achando que é certo, e nem sou baladeiro. Mesmo quando estava afastado do Caminho nunca fui da balada, nunca me senti bem neste mundo. Na verdade o que eu menos quero é ser enquadrado numa religião (talvez isto seja impossível), até porque religião só divide, só quebra vínculos. Eu não preciso ter Jesus estampado na testa, na camisa, nem falar de Jesus o tempo todo, nem ficar dando lições de moral, apontando o dedo pra tudo que é errado. Eu quero ser conhecido como um cara normal, mas que tem hábitos diferentes porque crê e ama a Deus, um cara que procura praticar o que Cristo ensinou, embora tendo muitos defeitos. Eu preciso que olhem pra mim e não vejam uma igreja, nem uma bandeira, mas vejam uma transformação de espírito. Isto é que vai fazer a diferença, isto que vai trazer resultado. Inevitavelmente as pessoas verão coerência, ainda que não concordem, ainda que odeiem a Cristo e a mim. E os frutos aparecerão, e não por mim.
Mas se Ele atender os pedidos e resolver fazer grandes coisas? Como lidar com isto? Me dei conta que estou esquecendo de pedir humildade caso Ele faça estas "grandes coisas", quem não significa que seremos famosos ou reconhecidos, mas que sereimos produtivos. Sou fraco, sei disto, não dou muito ibope e nem tenho grandes feitos, mas é este perfil de gente que Deus quer usar. E se Deus me usar eu sei que o resultado não virá por mim, mas pelo poder Dele. Nem se eu fosse forte e super privilegiado em capacitação não seria pela minha força. Cada coisa que a gente pedir a Deus pra realizar, seja em nome Dele ou por realização pessoal, deveria ser acompanhada de um pedido de humildade pra não cairmos na armadilha da soberba. É como se pedíssemos: "Se não for as duas coisas, Senhor, deixa pra lá, não quero!". Deus odeia soberba, a Sua glória e os seus feitos Ele não divide com ninguém.
No "eUvangelho" louco de hoje vejo muitos "homens de Deus" se achando fortes, capazes, realizadores. Vejo muita gente colocando a fé na própria fé, engrandecendo o seu "poder" de ter fé e se esquecendo de que até a fé é dom de Deus. Vejo gente comandando o mover do Espírito e o agir de Deus, como se o Eterno recebesse ordens ou precisasse ser guiado, tudo em nome de uma fé cega. Vejo Deus sendo posto como coadjuvante, ai deles...
Muita gente tem medo de fazer uma oração de entrega a Deus, de pedir que Ele as mude e as capacite pra fazer grandes coisas, sejam elas quais forem, principalmente porque temos medo de sermos mandados lá pro fim do mundo, de termos nossos sonhos pessoais frustrados, etc. Eu também tenho "medo" do que Deus vai fazer comigo. Não sei o que Ele vai "aprontar", nem sei se Ele vai realizar o que minha alma mais deseja aqui neste mundo, mas uma coisa eu sei: Ele estará lá e vai estar no controle. Não será fácil, e pode ser até bem sofrível, não sei, mas peço coragem e que eu nunca me sinta abandonado e que eu nunca me esqueça que minha dívida de gratidão com Ele ainda não está paga, nunca estará.
Não sei você mas, além de pedir, eu preciso me oferecer e me entregar todos os dias, porque todo dia quero me pegar de volta...
domingo, 9 de janeiro de 2011
Amor, quem é você?
sábado, 8 de janeiro de 2011
Mike Murdock e sua "çabedoria"
Eu já deixei de perder meu tempo com programas do Silas Malafaia há um bom tempo, e agora pela manhã, navegando pelos canais, me deparei com Mike Murdock (ele de novo) no programa do Silas. E para não sair da rotina, estavam armando mais uma cilada para arrancar dinheiro de quem quer ganhar dinheiro de Deus na base do toma-lá-dá-cá.
Devo reconhecer que Mike é inteligente, sabe influenciar e convencer, a lábia do sujeito flerta com a ganância que existe na gente, ele passa confiança mesmo, seu egocentrismo disfarçado de altruísmo engana bastante. O conhecimento que ele tem sobre algumas "leis" da vida é mesmo grande e suas idéias são muito atrativas ao homem, mas sua sabedoria supostamente "divina" é tão terrena quanto as fezes de um animal selvagem.
O Mike Murdock e toda esta trupe preocupa-se mais em ensinar as pessoas a ganhar dinheiro usando Deus como desculpa do que ensinar o evangelho. O foco da teologia da prosperidade não é a glória do Senhor Jesus, é o dinheiro, é a recompensa do homem. Deus é meramente o "pai" rico que vai dar uma mesada bem grande pros filhos obedientes, vai mimar os filhos se eles forem bonzinhos, etc. Tudo revestido por uma "espiritualidade" egoísta e banal, cujo interesse maior dos fiéis é de ganhar bênçãos materiais, ter uma vida boa, deixando em segundo plano o que foi de verdade ensinado no evagelho. E tome dinheiro na conta dos "profetas"....
Este homem tem a cara-de-pau de falar que Jesus tratou mais de finanças do que qualquer outra coisa em seu ministério. Eu queria saber qual bíblia ele lê, porque na minha Ele tratou mais da salvação do homem, tratou da moral e da hipocrisia. Jesus focou em ensinarmos a SER, não a TER. Quando Ele falava de dinheiro era alertando do perigo das riquezas, não para buscar e desejar riquezas, era pra buscar as riquezas lá do alto, onde nem a traça e a ferrugem consomem. E quando tivéssemos era pra dar aos pobres, pra compartilhar com quem necessita de modo que não falte a ninguém, não para nos esbaldarmos no luxo como estes "homens de Deus" fazem com o dinheiro dos "fiéis".
Deus não é banco e não me lembro do evangelho de Jesus incentivar a fazermos uma aplicação financeira nos fundos celestiais pra ganhar dinheiro, prosperar, enriquecer. O evangelho nos ensina a trabalhar, cuidar diligentemente de nossas coisas, e o resto (sucesso) é consequência. A meta do cristão não é ficar rico, a meta é ser parecido com Jesus, desenvolver a salvação. Claro que a gente tem que buscar melhorar de vida, quem não quer ter um bom dinheiro sobrando na conta? Eu queria, claro! E peço a Deus idéias pra ganhar sustento, tenho sonhos pessoais e sem dinheiro não tem como realizá-los, mas ganhar dinheiro não é e nem pode ser minha prioridade. Nunca nem me vi morando numa mansão de 30 milhões, nem comprando 3 jatinhos, nem andando de Ferrari e tendo vários carros, nem desperdiçando dinheiro com luxo descabido.
Tudo aquilo que Deus nos deu não é nosso, não é só pra nosso prazer e deleite, deve ter um fim mais nobre e muitas vezes eterno. A quem muito é dado, muito será cobrado, diz as escrituras. Eu tenho pena de quem acha que sua riqueza é pra se esbaldar em extravagâncias.
Muitos podem achar que Mike Murdock é um sábio, mas para mim não passa de mais um tolo que corre atrás do vento achando que vai pegá-lo. Se esta sabedoria gananciosa veio dos céus, provavelmente tenha sido entregue por um jumento alado celestial durante uma vigília de oração, sei lá. A ganância nos torna burros e cegos, e não enxergamos a verdadeira mensagem de Cristo. Não dá pra ser cristão e "mamão" (de Mamom) ao mesmo tempo.
E você? Acha este Murdock um sábio??? Çério???
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Falando de reciprocidade
Mesmo tendo um temperamento meio melancólico, geralmente tenho bom humor. Eu gosto de fazer as pessoas sorrirem, não que eu seja comediante ou palhaço, ou brincalhão o tempo todo, mas eu adoro falar alguma coisa na tentativa de arrancar um sorriso, uma risada, mesmo que eu fale a maior asneira sem noção do universo galáctico extraterrestre (rs... viu só?). Sou meio bobo mesmo, apesar de normalmente me terem como sério. Não faço isto pra ser "o engraçado" (não sou muito) e nem pra aparecer, quem me conhece sabe o quanto sou bicho do mato e o quanto preciso superar ainda minha timidez (que me atrapalha muito, por sinal). Faço isto geralmente porque gosto que as pessoas com as quais me relaciono (e me são simpáticas) estejam alegres, se sintam bem. Se eu pego uma pessoa boba que nem eu, sai muita zoação, muita bobagem, é só "dar corda"(...rs...). Muitas vezes brinco com quem nem tenho intimidade ainda, tentando me aproximar por ter consideração e apreço ou por achar interessante (talvez pra ser notado por ela, chamando a atenção), brinco pra tentar quebrar o gelo. Acho que uso inconscientemente o senso de humor pra quebrar a timidez, sei lá, Freud explica. Vai a brincadeira e volta às vezes o outro lado da moeda, de vez em quando "quebro a cara" com alguém que tento me aproximar, às vezes sou ignorado completamente e outras vezes não dão muita confiança. É um pouco frustrante, mas isto faz parte da vida, sempre vai acontecer, é inevitável. É claro que em alguns casos também acabo me fechando pra uma aproximação, fico mais na minha, sério, depende de cada pessoa; mas geralmente se brincam comigo eu dou corda.
Falei este monte de coisa a meu respeito (quando eu crescer vou saber se são coisas infantis ou não...rs...) só pra abordar um ponto, que é a expectativa que temos de receber de volta pelo menos um pouco daquilo que doamos: reciprocidade. Digo reciprocidade não naquele sentido interesseiro de dar para receber(troca) e nem de "investir" para ter um "lucro", mas no sentido de reconhecimento, gentileza ou consideração. Muitas vezes o que fazemos a alguém nos faz esperar uma boa atitude de reciprocidade e nem sempre isto acontece.
Tratar bem, cumprimentar, ser simpático, agradar, brincar, demonstrar interesse genuíno, ajudar, etc., todas estas coisas devemos fazer sempre, mas o que acontece quando não temos a reciprocidade esperada? Resposta: Paramos de fazer. Desta lista citada talvez o brincar a gente deva parar mesmo, algumas pessoas não gostam de brincadeira pro lado delas (ou nos acham chato...rs...), mas o resto... bom... o resto a gente corta de vez, e tome indiferença pra cima do cidadão.
Se alguém não me cumprimenta de volta, eu não cumprimento mais (a menos que ele tome a iniciativa). Se alguém me trata mal eu posso até não tratá-lo mal, mas também não trato bem, sou frio. Se alguém é antipático comigo eu fecho a cara pra ele, fico frio também. Se alguém não me ajuda quando preciso eu não faço esforço nenhum mais pra ajudá-lo, só se ele pedir mesmo. Isto é a nossa natureza, espera reciprocidade em tudo e às vezes até devolve com juros e correção o que de ruim recebemos. Quando paro pra refletir no exemplo que Jesus nos deu, no que o evangelho nos ensina sobre retribuir o mal com o bem, vejo que careço muito da graça de Deus pra ser diferente do natural, dar um testemunho diferenciado, fazer o bem a todos, inclusive a quem não merece nada. Que Ele tenha misericórida e ajude a mim e a cada um que se diz cristão a não sermos orgulhosos. Pode ser que seja mais fácil retribuir o mal com o bem se a gente pensar que estamos fazendo o bem a Deus, não à pessoa. É uma forma de "enganar" a dureza de nosso coração.
Talvez a única coisa que nos faça mal e a gente deva devolver na mesma moeda seja o desinteresse e desapego do outro na vida amorosa, quando não somos correspondidos. Devemos esquecer a pessoa sentimentalmente pro nosso bem, e lógico que lembrando de nunca desejar ou fazer mal a ela, mesmo que ela nos tenha feito algum.
E quanto à reciprocidade que esperamos de Deus pelo que fazemos por Ele? Muitas vezes esperamos uma "bênção-prêmio" por nossa obediência ou coisa assim, achando-nos merecedores de ganhar algo que muito desejamos. E se não tivermos a cabeça no lugar, discernimento, senso da realidade espiritual, damos espaço pra um sentimento de frustração para com Ele. Na verdade se tivéssemos que receber tudo que merecemos Dele, coitados de nós! Estaríamos lascados se nossas falhas para com Ele fossem retribuídas na mesma moeda. Pra ser sincero, depois de tudo que Ele já nos perdoou e fez a nosso favor a gente não devia nem pedir mais nada, e ainda por cima somos muito ingratos. Sorte a nossa Dele não ser como a gente!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Devaneios confusos
Sonhos...
Nossa vida é toda alicerçada em sonhos.
Nossa fome de viver é alimentada por sonhos.
Nossa força de vontade é impulsionada por sonhos.
Nossas expectativas não são nada além do quê? Sonhos.
Nossa criatividade também se inspira nos sonhos.
Nossa caminhada cristã é movida por um grandioso sonho: encontrar com o Senhor Jesus na glória.
Nossas realizações pessoais são frutos da semente plantada por nossos sonhos.
Nossos passos se guiam por uma bússola cujo norte são os sonhos.
Nossos sentimentos se confundem com os sonhos.
Nossas mentes se iludem com os sonhos.
Mas de onde vem os sonhos que simplesmente brotam de dentro de nós?
Seria de uma galáxia distante? Seria de uma outra dimensão?
Seria de nossa alma? Seria do coração?
Seria uma sinapse inconsciente de uma mente distante?
São perguntas que beiram o absurdo com respostas que ultrapassariam a compreensão.
Talvez seja um pouco de tudo, talvez um muito de nada.
Talvez seja um tudo do pouco, talvez um pouco de cada.
Vá saber...
Nossos sonhos possuem uma alma, também chamada esperança.
Sonho e esperança se cuidam, se ajudam.
Sonho e esperança se motivam, se inspiram.
Sonho e esperança são um casal perfeito, se completam.
Sonho e esperança se atraem, se casam.
Sonho e esperança são amantes, se beijam.
Sonho e esperança se amam, se multiplicam.
Mas...
E quando o mesmo sonho que nos alimenta, nos enfraquece?
E quando o mesmo sonho que nos faz sentir inabaláveis, nos deixa vulneráveis?
E quando o mesmo sonho que nos levanta, nos derruba?
E quando o mesmo sonho que nos dá vida, nos faz morrer?
E quando o sonho vira um pesadelo?
E quando nossos sonhos não passam literalmente de sonhos, inacessíveis, intangíveis?
E quando nossos sonhos morrem? Qual o próximo passo?
Existe vida sem sonho? Existe vida além do sonho?
Um sonho pode viver mesmo depois da morte do seu criador?
Existe vida para um homem após a morte dos seus sonhos?
E porque morre um sonho? Será porque morre a esperança?
Qual a melhor maneira de matar um sonho?
Seria matando quem sonha? Seria matando sua esperança?
Talvez a segunda opção seja mais eficaz...
Eu quero ter sonhos mais altos e mais profundos.
Eu quero ter mais sonhos, preciso me sentir vivo.
Eu sei que muitos deles são possíveis.
Eu sei que muitos deles provavelmente serão perda de tempo.
Não importa, eu quero sonhar.
Mesmo sabendo que tenho sonhos que vão morrer comigo.
Mesmo sabendo que tenho sonhos que vão morrer antes de mim.
Eu quero sonhar.
E quando o Senhor me levar quero ter deixado alguns sonhos vivos dentro de muitas pessoas.
Sonhos que não vão nascer de mim, mas Dele.
Sonhos que serão realidade um dia, pra glória Dele.